segunda-feira, 16 de março de 2009

Alunos da UNOPAR debatem. A Programação da Televisão Brasileira

PEDAGOGIA

Estamos discutindo na Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Polo de Pau da Lima - Salvador o conteúdo dos programas da televisão brasileira e sua influencia negativa nas crianças.
É unanime entre os colgas que estão em sala de aula o testemunho das crianças na reprodução destes programas sensacionalistas dentro da classe. Contando com riueza de detalhe sobre os evendos violentos do dia-a-dia, é como um filme só que quem são os atores principais são as pessoas com as quais eles se identificam.

A discussão é oportuna porque cada um defende seu ponto de vista, todavia uma coisa é unânime, a programação em geral está uma porcaria. A televisão prioriza os programas de baixa qualidade e não está nem aí com seu telespectadores infantis, há um falso moralismo quando se fala em discutir a televisão brasileira, muitos acham que por causa da violência instaladas em todos os cantos da cidade, é melhor que as crianças fiquem em casa assistindo televisão. será que não há outra alternativa? Vamos discutir.

Quem gosta de reality show tem que assistir o BBB da Globo porque lá você liga e contribui para os personagens ganharem um troco e a emissão embolsar muita grana, muita grana mesmo.

Agora como baianos não podemos ser permissivos com os programas de televisão que mostra apenas as pessoas pobres e negras de forma humilhante, expondo suas intimidades em nome de faturamento comercial, estas emissoras, através deste programas perversos, maldosos, com uma completa falta de respeito a pessoa humana. Eles humilham o pobre, o preso, uma raça, fazendo seu BBB e contando feliz. Antes eu acha que uma pessoa desta não dormia bem, com remorso, mas com as contas bancárias cada vez mais gorda acredito que dormem muito bem.

Alguem por acaso viu algum destes apresentadores ou assistentes visitar os ex-comandantes da PM presos por corrupção na cadeia e perguntar se a "casa caiu" ou ficar mascarado e com luvas brancas perguntando "abodrinhas" ?

Eu faço boicote aos produtos da coca-cola porque suas latinhas são de ferro e seu valor no comercio da reciclagem é quase 10 vezes menor que a latinha de alumínio, nem deveria, portanto se eu consumir os podutos com latinha de alumínio estarei contribuindo um pouco mais com os catadores de latinhas. Se os programas de televisão promovem estas barbaridades é porque estão dando audiências para eles. Faço boicote a muitos programas da nossa televisão brasileira, a bem da sociedade, principalmente as crianças e adolescentes, são eles sem nenhum remorso: bocão, varela, na mira, gugu liberato. Não consigo enxergar nada que estes programas contribuam para o desenvolvimento de um ser humano. Eu acredito que estão aí para colocar as pessoas no frasco. Estes programas estão no ar porque tem telespectadores tando crédito ao que eles fazem. Estamos revivendo o mito da caverna*.
*O Mito da Caverna Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui.
Precisamos rever nossos conceitos.

2 comentários:

  1. Olá Antônio, suas colocações são boas. Está na hora da sociedade rever sua posição em ralação a Televisão aberta. Os diretores dos programas dizem que o programa tem audiência, por isso é que ele está no ar, mas o público não tem opção.
    Precisamos dizer não a esses programas que ganham dinheiro com a desgraça dos outros. No seu comentário só ficou faltando você citar o "Domingão do Faustão".
    Temos que assistir a programação da TV Cultura, com suas entrevistas, debates, tele-jornais e documentários.
    Sidnei Lima.

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  2. CARTA DE UMA MENINA QUE MANDOU PARA O SBT.
    O que nos chama a atenção é a idade da garota que escreveu veja ao
    final da carta!

    Aos responsáveis pelo programa Domingo Legal: Não posso deixar de
    demonstrar o meu profundo descontentamento perante a Programação
    exibida aos domingos.
    A tentativa de libertar o marido da cantora Simony é vergonhosa.
    Engraçado como a mídia se mobiliza para libertar um assaltante de
    bancos, mas ninguém vem aqui em casa para nos comprar um carro novo,
    já que o nosso foi roubado depois de ter sido comprado com muito suor
    e trabalho. Engraçado que o filho da Simony não pode crescer longe do
    pai, que já tem 2 crianças
    largadas no mundo, mas a filha do amigo do meu pai pode ficar órfã aos
    2 anos de idade, pois o pai dela foi assassinado ontem (num
    assalto)...
    Ninguém do SBT foi a casa dela perguntar se ela precisa de alguma coisa.
    O meu pai chegou a levar um tiro num assalto e já perdeu tanto
    dinheiro em outros assaltos que nem se lembra quanto, mas infelizmente
    ninguém se propôs a repor o o dinheiro roubado para tirá-lo do sufoco
    ou sequer apareceu
    alguém para visitá-lo no hospital. Isso não dá ibope..
    A revista Veja publicou uma matéria que deixou assustado qualquer
    cidadão de bem (menos o Sr. Gugu que anda com seguranças armados até
    os dentes e não depende de uma polícia despreparada que vive com um
    salário de miséria). De cada 100 criminosos, apenas 24 são presos, só
    5 vão a julgamento e apenas 1 cumpre apena até o fim APENAS 1% DOS
    BANDIDOS FICAM PRESOS E VC AINDA QUER SOLTAR O QUE ESTÁ PRESO?
    Isso é realmente lamentável...
    O coitadinho só roubou um banco, merece ficar livre Por que o Sr.
    Augusto Liberato não mostra o fim daquele mendigo que ele ajudou com
    casa,
    dinheiro e trabalho...
    Depois de todo aquele estardalhaço que o Domingo Legal fez para
    ajudá-lo, não vi nenhuma mensão ao fato dele ter sido preso assaltando
    um posto de gasolina após perder tudo o que o Gugu deu...
    E o fim daquele pequeno Polegar, o Rafael....
    pobrezinho.. .
    Certamente, não sou a favor do programa penitenciário no Brasil Sou a
    favor dos presidiários estudarem e trabalharem para a sociedade em
    troca de redução da pena caso não tenham cometido crime hediondo, mas
    ser solto antes do tempo só porque a Simony engravidou é demais pra
    minha cabeça....
    Políticos não ficam presos e agora também artistas e parentes têm imunidade?
    Só no Brasil mesmo pra acontecer esse tipo de coisas. Concordo que a
    violência exacerbada que a está batendo à nossa porta é fruto do
    descaso do governo e da sociedade para com as crianças de alguns anos
    atrás que foram deixadas sem escola, creche crianças abandonadas à
    própria sorte, mas soltar os bandidos por essa justificativa não
    resolve.
    Por que o SBT não faz uma campanha para os políticos investirem mais
    em educação e creche ao invés de soltar presidiários parentes de
    celebridades?
    Ou mesmo colocar uma programação mais decente, que proporcione
    cultura, ao invés de mulher pelada? É um caso a se pensar....
    Vou parando por aqui, pois tenho um enterro para ir (já mencionei o
    amigo do meu pai que foi morto ontem).
    Deixo aqui a minha revolta perante uma televisão podre, que vende a
    ignorância, e proporciona festivais de absurdos como se a vida fosse
    uma simples brincadeira.
    Domingo Legal já está bloqueado aqui em casa e farei o possível para
    convencer as pessoas com um mínimo de inteligência a não mais
    assistirem a essa porcaria. E se a Simony ama tanto o marido dela que
    espere ele cumprir a pena e pagar o que deve para a sociedade ou será
    que o amor dela não é suficientemente grande para agüentar as
    adversidades?

    Priscila, 16 anos, São Paulo - SP.

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