domingo, 25 de novembro de 2018


Visita Técnica no Circuito Cultural Campo Santos – Arte Cemiterial em Salvador-Bahia / 2018

Imponentes manifestações artísticas expostas nos túmulos do Cemitério Campo Santo, situado no bairro da Federação, após ser comprado pela Santa Casa da Bahia em 1840, o transformaram no maior representante da Arte Cemiterial do Estado da Bahia e um dos mais significativos do Brasil. Contudo, no ano de 2007 a Santa Casa criou o Circuito Cultural.


“São mais de 200 obras catalogadas, localizadas em sete quadras do Cemitério. Os estilos renascentista, barroco, gótico, moderno e contemporâneo caracterizam as peças, muitas delas produzidas por artistas famosos e reconhecidos, como o mausoléu de Otávio Mangabeira, assinado por Mario Cravo” http://www.cemiteriocamposanto.org.br/circuito-cultural/index.html .

Estátua da Fé
Entre centenas de obras magníficas que se encontram no Circuito Cultural do Campo Santo, uma tem um destaque histórico, trata-se da Estátua da Fé, esculpida em um único bloco de mármore de Carrara pelo alemão Johann Van Halbig em 1865, esta estátua foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 1936.

Existem inúmeros cemitérios pelo mundo que são visitados por curiosos e/ou contemplados com Circuito Cultural, por se tratar de túmulos de personalidade publicas famosas, como: Eva Peron – Argentina, Alan Kardec e Frederic Chopen – França, soldados mortos na 1º guerra – Croácia, dentre outros. No Brasil, no Rio de Janeiro, o cemitério de São João Batista tem uma visitação expressiva nos túmulos de Clara Nunes, Cazuza, Chagrinha, Oscar Niemeyer, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Carmen Miranda, Cecília Meireles, Glauber Rocha, dentre outros.
A representação da morte do provedor da família
Entretanto, o que mais me chamou a atenção no Circuito Cultural do Campo Santo em Salvador, foi que, apesar de ter muitos túmulos de famosos, o destaque fica para as Obras de Artes, seus significados emblemáticos como tochas invertidas, chama acesa, chama da vida senda apagada, caridade, virtuosidade, fé, passagem do tempo, provedor da casa (cumeeira da casa), representação do trabalho (empreendedorismo) e outras representações que vale a pena conhecer e pesquisar. A Bahia, como sempre na vanguarda.

Algumas curiosidades:

Quem já ouviu alguém dizer que estava tão cansado ou casada que gostaria de dormir nos braços de Morfeu?  
Apesar dos milênios que nos separam dos gregos, podemos ver que o legado dessa antiga civilização ainda tem uma influência significativa em diversos aspectos de nossa vida cotidiana. As noções estéticas, a ideia de democracia, os princípios da filosofia são apenas alguns dos casos em que vemos de que modo os gregos deixaram sua marca entre as culturas ocidentais. Na verdade, caso haja um pouco mais de interesse, podemos descobrir que a cultura grega também adentra aspectos bem mais simples do nosso dia a dia.
Morfeu
De fato, as propriedades revigorantes do sono conhecidas por todas as pessoas e a falta do mesmo pode gerar uma série de problemas de saúde. Vários estudiosos ainda investigam de que modo essa atividade que ocupa praticamente um terço de nossas vidas interfere no funcionamento de nosso organismo. Em nosso cotidiano, é comum muitas pessoas celebrarem uma noite bem dormida dizendo que “caiu nos braços de Morfeu”. Mas afinal, de onde veio essa expressão?
Segundo a mitologia grega, Morfeu era um deus filho de Hipnos, o deus do sono. Assim como o seu pai, ele dispunha de grandes asas que o fazia vagar silenciosamente pelos mais distantes lugares do planeta Terra. Ao aproveitar do repouso dos homens, Morfeu assumia formas humanas e ocupava os sonhos de quem quisesse. Desse modo, os gregos acreditavam que uma noite bem dormida e seus vários efeitos positivos só seriam explicados pela presença dessa divindade em seus sonhos.
Foi justamente por meio dessa expressão e da história de Morfeu que um dos mais potentes analgésicos existentes, a morfina, ganhou esse nome. No fim das contas, mesmo que a mitologia não tenha embasamento científico, sabemos que uma noite de bom descanso é simplesmente divino.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Cair nos braços de Morfeu"; Brasil Escola. Disponível em . Acesso em 24 de novembro de 2018.

Santa Mônica e Santo Agostinho
Santa Mônica nos provou com sua vida “tudo pode ser mudado pela força da oração, basta ter fé”
Santa Mônica nasceu no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado Patrício.

Como cristã exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca um filho de tantas lágrimas”.
Santo Agostinho e sua mãe Santa Mônica
Santa Mônica tinha três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de morrer”.
Por esta razão, o filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever: “Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai por nós!
                   Site da Canção Nova https://santo.cancaonova.com/santo/santa-monica-mae-de-santo-agostinho/

O  que me levou como professor de Fotografia e Meio Ambiente da Universidade Aberta à Terceira Idade UATI / UNEB a levar seus alunos a fazerem a visita técnica no Circuito Cultural do Campo Santos, primeiro para que os alunos e alunas fossem ao cemitério com outro olhar, diferente do olhar de sofrimento, onde muito enterraram lá seus ente queridos, mas que enxergasse cultura, histórias interessantes, curiosidades simbólicas. Foi exatamente o que ocorreu, todos saíram mais ricos de conhecimento do que quando entraram.

Indico o Circuito Cultural para todas as pessoas de Salvador, do Estado da Bahia, do Brasil e Estrangeiros, quem não quiser solicitar um(a) Guia podem tomar conhecimento das obras através dos totens em todo o circuito.



O Tempo Voa
Uma simbologia me chamou muito a atenção, o relógio do tempo (Ampulheta), preso as asas como de um pássaro ou um anjo, com duas tochas acesas de cabeça para baixo, indicando que a pessoa morreu muito jovem, tem o significado de que a vida passa muito rápida, o tempo voa, é preciso aproveitar enquanto podemos, nem precisa excessos, apenas aproveitar bem porque quando chegar a hora, não importa a idade, ter feito tudo ou não feito nada, não vai fazer diferença, apenas o legado que você vai deixar..   


Dina
O objetivo foi alcançado, também porque estávamos acompanhados por "Dina"  - Osvaldina Soares,  uma Guia e Historiadora de muita competência, carisma e conhecimento profundo das artes seculares.

Gratidão, também a Lúcia do Museu da Misericórdia que fez o agendamento da visita, por tanto meus sinceros agradecimentos em meu nome e em nome de todos os estudantes da UATI / PROEX / UNEB.

Você pode acessar todas as fotos através do picasa:

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quinta-feira, 14 de junho de 2018


Visita Técnica da Oficina de Fotografia e Vídeo

foto: Eloísa Nunes

Aquela manhã do dia 09/06/2018 estava de céu claro, sem nenhuma evidência de chuva da noite anterior, foi com contemplação que todos os estudantes da Universidade Aberta à Terceira Idade – UATI/PROEX/UNEB, saudaram o dia maravilho, porque todos nós acreditávamos que seria. 

Saindo da UNEB Campus I - Salvador com destino a Oliveira dos Campinhos, distrito de Santo Amaro da Purificação-BA. Direto para o Projeto TRARIPE - Espaço Cultural Ecológico, um ambiente rural muito aconchegante e acolhedor nos esperava com um tradicional café da manhã. Uma área verde nativa, que foi e continua se reconstituindo há mais de 30 anos, desde quando um casal de idealista comprou a fazenda totalmente devastada como um campo limpo. O espaço hoje tem trilhas ecológicas, museu de espécie de animais, minerais e objetos tecnológicos, casa do vaqueiro, sem contar que a reserva abriga centenas de animais que buscam refúgio e tentativa de perpetuação das espécies.

Foto: Raimundo Assis 
Na praça fomos conhecer a Igreja da Matriz de Oliveira dos Campinhos, construída em 05 de janeiro de 1768, é uma formosa construção em alvenaria mista de pedras e tijolos, com seu corpo central envolvido por duas galerias externas de arcos. As paredes internas de azulejos do tipo que conta histórias, parte das torres são revestidas de azulejos azuis e brancos em formato de xadrez e por dentro uma riqueza que é peculiar das igrejas católicas centenárias. Ouvimos muitas histórias do Guia e membro do Terço dos Homens, Jorge Buri.

A visita à agricultura foi uma atração à parte, uma horta totalmente orgânica onde todos os participantes da visita, incluindo o motorista do ônibus receberam uma cesta de palha contendo salsa, coentro, hortelã miúdo, hortelã grosso, rúcula, alface, a e cebolinha.

Foto: Antonio Jorge
Com todos super felizes enceramos nossa visita técnica com alguns agradecimentos: a Deus por nos ter proporcionado um dia muito feliz; ao estudantes Raimundo Assis e Ana Verina que foram peças fundamentais para que a visita pudesse ser realizada da forma que foi; Dona Jane Figueirêdo proprietária e guardiã do Projeto Traripe; Jorge Buri membro do Terço dos Homens e que foi o nosso Guia na Igreja Nossa Senhora da Oliveira; Marinalva Barbosa que foi minha secretária no ônibus; Djane Rangel fotógrafa oficial da UATI; Andréia Tavares que graças a Deus não precisou usar seus conhecimento de enfermagem;
Foto: Reginalda Oliveira
Josué de Jesus que nos deu apoio; Gabriel Ainran meu filho de  06 anos que me ajuda a tomar conta de todos os idosos e idosas; O motorista Luiz da empresa Asabela que nos conduziu com segurança e finalmente meus agradecimentos a todos os participantes por estarem junto comigo nestas agradabilíssimas aventuras.
Professor Antonio Jorge Nascimento


Alguns depoimentos extraídos do Grupo de WhatsApp após a visita técnica:

"A nossa visita técnica de fotografia foi mais do que fotografar foi além da nossa expectativa. Se falou sobre meio ambiente, agricultura, plantas e muito mais. Conhecemos o Projeto Traripe  que através das explicações de D. Jane pudemos entender o desenvolvimento, o crescimento e a finalidade do projeto. 
A integração do grupo se fortalece a cada encontro. O roteiro foi muito bem organizado pelo professor e seus auxiliares. Parabéns essa equipe é DEZ.
Obrigado a Raimundo e Ana que nos acolheram em sua residência com muito entusiasmo. A minha admiração ao professor Antonio Jorge pelo seu desempenho e sabedoria de saber transformar idosos em crianças se divertindo alegremente e felizes. Um beijo no coração de cada colega, obrigado pelo sábado maravilhoso que passamos"
Alaíde Cruz

" Um presente maravilhoso, acabei de fazer uma grande salada com tudo que eu tinha direito"
Raimunda Santos

"A nossa visita técnica de fotografia e vídeo em Oliveira dos Campinhos no dia 09.06.2018 na Reserva Traripe foi magnífica. Como eu sou muito observadora e curiosa, de acordo com minha visão; além do objetivo da oficina, aprendi ou renovei meus conhecimentos de História, Geografia, Ciências, Botânica, Psicologia, Comunicação e etc. Fiz grandes descobertas: conhecer pessoas novas, ouvir relatos, relacionamentos, rever pessoas e etc. Não importa a situação econômica, a cor da pele, a textura do cabelo, o diâmetro do corpo, a opção religiosa e etc. Agradeço a todos companheiros UATIANOS pela convivência pois quando todos estão imbuídos num só objetivo a felicidade é plena. Aos que por motivos de força maior não puderam participar, outras oportunidades virão. Ao prof. Antonio Jorge e organizadores agradeço pelo carinho. O quarteto sintonizador então!!! Pura sintonia. Todos ganharam"
Marilene Fogos 

"Professor gostei muito da visita técnica porque foi um encontro em família, isso para mim é muito especial, obrigada, que venha outras bênçãos para todos"
Edna Teixeira

"Faltam palavras para expressar nosso contentamento... risos, gargalhadas, danças, piadas... tudo de bom
Como faz bem um dia diferente da nossa rotina... Que tenhamos sempre esta oportunidade... Obrigada"
Marinalva Barbosa