terça-feira, 17 de março de 2009

Instituto para Educação, Cultura e Desenvolvimento


Não tenho como explicar esta necessidade que sinto de me doar de corpo e alma no projeto social, acho que estou devendo isto ao nosso Criador, tenho certeza que me foi dado uma missão e que eu tenho que cumpri-la.


O Instituto para Educação, Cultura e Desenvolvimento - Projeto Cidadão, nasceu em 05 de Janeiro de 2000, seu propósito foi e está sendo dar oportunidades as Crianças, Adolescentes e Jovens a participarem de oficinas orientados por educadores sociais em horário oposto ao da escola.


Desde a sua criação o Projeto Cidadão já atendeu mais de 1500 educandos, em suas diversas oficinas, como teatro, dança de salão, dança moderna, artesanato, porcelana fria, artes, graffiti, desenho artistico, bombeiro juvenil, artes plásticas, capoeira, futebol, futsal, percussão, reforço escolar.


Hoje, Março de 2009, não contamos com as oficinas, apenas futebol, futsal, teatro, dança de salão, artes, artesanato, bombeiro juvenil, capoeira recreativa e provavelmente matemática encantada. Temos 200 educandos e os espaços não são suficientes para um melhor conforto, a quadra de esporte e o campo são divididos com a comunidade que utilizam para as práticas desportivas; O salão da Sede do conselho de Moradores do Conjunto ACM (nosso parceiro) tem seus dias de ocupação em benefício da comunidade; A sala que batizamos de Ayrton Senna, onde funciona as oficinas de trabalhos manuais é a que estar realmente sob nossa responsabilidade, fica localizada no funda da sede e é um espaço que precisa passar por uma reforma no piso e no teto.


A Universidade do Estado da Bahia - UNEB, é nossa maior parceira, através da UNEB nós temos os materiais de secretaria como mesa, cadeiras, armários, arquivos, além de papel oficio, xerox, copos descartáveis e etc.

Um Convénio com a Bamberg Cia. de Dança, onde esta Companhia dar aula de Dança de Salão aos meninos e meninas do projeto, a oficina é ministrada nas dependências da Universidade Aberta a Terceira Idade - UATI/UNEB, e contamos com os Educadores Sociais: Sônia Bamberg, Tarcio e Diego.

Uma Parceria com o Programa Segundo Tempo, através do Centro de Educação e Cultura Popular - CECUP, com esta parceira nós recebemos merenda para os educandos, material esportivo para oficinas de esporte, além de receber uma ajuda de custo no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensal, onde R$ 300,00 (trezentos reais) vai para o educador de futebol que só ele trabalha com 100 crianças, R$ 100,00 (cem reais) vai para merendeira, R$ 100,00 (cem reais) para lavadeira e R$ 100,00 (cem reais) fica na reserva para compra de material para as oficinas.

Uma Parceria com a Escola Municipal Cabula I, onde utilizamos o espaço escolar sempre que precisamos, além de ter um contato direto com as professoras, diretora e coordenadora pedagógica para elaboração e organização de atividade conjunta entre a escola e o projeto.

Uma Parceira com o Conselho de Moradores do Parque Residencial Antonio Carlos Magalhães, onde ocupamos uma sala que batizamos de Sala Ayrton Senna, nesta sala desenvolvemos as oficinas de graffiti, artes, artesanato, reforço escolar ou qualquer outra oficina de artes manuais. No salão da sede ocupamos com as oficinas de teatro e capoeira recreativa.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Alunos da UNOPAR debatem. A Programação da Televisão Brasileira

PEDAGOGIA

Estamos discutindo na Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Polo de Pau da Lima - Salvador o conteúdo dos programas da televisão brasileira e sua influencia negativa nas crianças.
É unanime entre os colgas que estão em sala de aula o testemunho das crianças na reprodução destes programas sensacionalistas dentro da classe. Contando com riueza de detalhe sobre os evendos violentos do dia-a-dia, é como um filme só que quem são os atores principais são as pessoas com as quais eles se identificam.

A discussão é oportuna porque cada um defende seu ponto de vista, todavia uma coisa é unânime, a programação em geral está uma porcaria. A televisão prioriza os programas de baixa qualidade e não está nem aí com seu telespectadores infantis, há um falso moralismo quando se fala em discutir a televisão brasileira, muitos acham que por causa da violência instaladas em todos os cantos da cidade, é melhor que as crianças fiquem em casa assistindo televisão. será que não há outra alternativa? Vamos discutir.

Quem gosta de reality show tem que assistir o BBB da Globo porque lá você liga e contribui para os personagens ganharem um troco e a emissão embolsar muita grana, muita grana mesmo.

Agora como baianos não podemos ser permissivos com os programas de televisão que mostra apenas as pessoas pobres e negras de forma humilhante, expondo suas intimidades em nome de faturamento comercial, estas emissoras, através deste programas perversos, maldosos, com uma completa falta de respeito a pessoa humana. Eles humilham o pobre, o preso, uma raça, fazendo seu BBB e contando feliz. Antes eu acha que uma pessoa desta não dormia bem, com remorso, mas com as contas bancárias cada vez mais gorda acredito que dormem muito bem.

Alguem por acaso viu algum destes apresentadores ou assistentes visitar os ex-comandantes da PM presos por corrupção na cadeia e perguntar se a "casa caiu" ou ficar mascarado e com luvas brancas perguntando "abodrinhas" ?

Eu faço boicote aos produtos da coca-cola porque suas latinhas são de ferro e seu valor no comercio da reciclagem é quase 10 vezes menor que a latinha de alumínio, nem deveria, portanto se eu consumir os podutos com latinha de alumínio estarei contribuindo um pouco mais com os catadores de latinhas. Se os programas de televisão promovem estas barbaridades é porque estão dando audiências para eles. Faço boicote a muitos programas da nossa televisão brasileira, a bem da sociedade, principalmente as crianças e adolescentes, são eles sem nenhum remorso: bocão, varela, na mira, gugu liberato. Não consigo enxergar nada que estes programas contribuam para o desenvolvimento de um ser humano. Eu acredito que estão aí para colocar as pessoas no frasco. Estes programas estão no ar porque tem telespectadores tando crédito ao que eles fazem. Estamos revivendo o mito da caverna*.
*O Mito da Caverna Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui.
Precisamos rever nossos conceitos.