sexta-feira, 14 de agosto de 2009

MANDELA - a luta pela liberdade

Sinopse do filme
Na África do Sul da Apartheid, nos anos 60, o agente penitenciário James Gregory (Joseph Fiennes) é promovido para uma prisão de segurança máxima em uma ilha próxima à Cidade do Cabo. Por ter crescido perto de uma comunidade negra, ele é um dos poucos brancos que sabe fluentemente o dialeto Xhosa, por isso consegue uma vaga como chefe do setor de censura no prédio onde está preso o perigoso terrorista Nelson Mandela (Dennis Haysbert). Lá, ele cuidará das cartas que chegam e saem da ilha, para se certificar de que a comunicação dos criminosos seja segura.
Acostumado com o fato de que os negros querem matar todos os brancos para tomar a África para si, Gregory e sua f
amília não se incomodam com a hostilidade e violência com que este povo é tratado, assim como pensa toda a população branca. Porém, com a convivência com Mandela, o agente passa a ver que nem tudo é como as autoridades lhe contam. À medida que o líder negro conta para ele suas convicções e os ideais pelos quais seu povo luta, o carcereiro vai notando que talvez ele esteja do lado errado, o lado dos verdadeiros terroristas. Com mulher e dois filhos para criar, sem chance de outra profissão fora da vida militar, James fica em um impasse sobre o que deve fazer com o futuro de sua carreira.
O respeito pela figura de Nelson Mandela se torna maior, assim como suas atitudes em prol do governo atual parecem resultar em tragédias das quais ele se sente culpado. Pressionado para ficar, já que é o único a entender o dialeto dos negros, Gregory precisa tomar decisões que influenciarão no futuro do país e que poderão fazer com que se funde uma nova África do Sul.
Baseado na biografia do carcereiro que acompanhou a prisão de Nelson Mandela por uma grande parte dos 27 anos em que ficou preso, Mandela - A Luta Pela Liberdade é dirigido pelo dinamarquês Bille August, o mesmo de Casa dos Espíritos e Os Miseráveis. Para o papel do líder africano, foi escolhido Dennis Haysbert, conhecido por representar o presidente estadunidense no seriado 24 Horas. O filme participou da seleção oficial do Festival de Berlim de 2007, onde conquistou o Prêmio da Paz.


Fonte: Cultura Hip Hop





Meus caros educandos e professores do Colégio Estadual Governador Robertos Santos - noturno.

Este espaço é para que cada um de vocês que assistiu o filme possa fazer seu registro neste Blog, loga abaixo na parte de comentário, onde você pode expressar do seu jeito o que achou da idéia do filme no Teatro da Uneb, o que achou do espaço, que lição você tirou filme, você comentou com algum colega que não foi? de 0 a 10 que nota você daria ao filme?

Sua opinão é muito importante para dar continuidade ou não os Projeto Aula Fora da Escola.
O comentário agora é todo seu, mande brasa!

terça-feira, 26 de maio de 2009

DIÁRIO DE BORDO

Pedagogia da Autonomia



VISITA A UNIVERSIDADE NORTE DO PARANÁ - UNOPAR

Londrina-PR, 14 de maio de 2009.

Eu dedico esta escrita a todos os meus colegas da UNOPAR VIRTUAL, por este Brasil afora, em especial a Bahia e mais especial ainda ao Pólo de Pau da Lima, Salvador.
Eu realizei um sonho de conhecer a UNOPAR em Londrina, Município do Norte do Paraná. Toda minha expectativa foi superada, acreditem!

“Gosto de ser gente porque, inacabado, sei que sou um ser condicionado, mas, consciente do inacabamento, sei que posso ir mais além dele. Está é a diferença profunda entre o ser condicionado e o ser determinado”.
Paulo Freire

Primeiro que a hospitalidade do povo é igual ao Soteropolitano, isso mesmo igual habitantes de Salvador, que adoram receber bem o turista seja de onde for. Nos coletivos, nas ruas, nas lojas, na Universidade, enfim em todos os lugares as pessoas falam com você com uma alegria enorme, você não sente falsidade, parece ser do fundo da alma ou do centro do coração, sei lá.

Caros colegas, a Profª. Cidinha é uma MARAVILHA de pessoa, “colou comigo” (gíria da Bahia) e foi me apresentando em todos os departamentos, nas salas de professores, nos estúdios, olha! Ela fez um Tour comigo em todas as dependências da Universidade.

Fui recebido também pela Profª Elisa Maria de Assis que é Pró-Reitora de Ensino a Distância, além de me dar as boas vindas me presenteou com uma pasta personalizada de couro lindíssima, com folders, caneta, suporte de mouse e alguns exemplares de revistas da UNOPAR, para que eu pudesse perceber a grandeza que é a instituição. Em retribuição eu a presenteei com um protótipo de berimbau, feito artesanalmente em Salvador, que eu levei junto com uma listinha de 28 professores, todos que ministraram as diversas disciplinas do nosso curso de Pedagogia, desde o I Módulo até o VII Módulo, que estamos concluindo agora. Cada professor ou professora de minha lista recebeu pessoalmente a lembrancinha em nome de todos os baianos, apesar de meu pólo ser de Pau da Lima em Salvador, fiz questão de presenteá-los em nome todos os alunos, tutores de sala, funcionários e coordenações administrativa, acadêmica e pedagógica de todos os pólos da Bahia.

São 2.374 km de distância entre Salvador-BA e Londrina-PR.
“Os sonhos devem ser ditos para começar a se realizarem. E como todo projeto, precisam de uma estratégia para serem alcançados”. (Paulo Freire)

Você colega, teria uma idéia de como são as coisas na UNOPAR VIRTUAL? Pois bem, eu tinha uma noção que era grande, mas é GRANDIOSO, e tem perspectiva de ficar maior, tem mais de 600 professores especialistas, tutores eletrônicos, cada um com aproximadamente 150 alunos de todas as partes do Brasil, 07 estúdios altamente equipados com tecnologia de ponta, um gerador de energia que dá para iluminar uma cidade inteira, de prontidão para o caso de necessidade, ou seja, se faltar energia em Londrina tudo continua funcionado como se nada tivesse acontecido, dezenas de funcionários, técnicos de manutenção, serviços gerais, uma recepção que faz o controle de todos que entram e saem com seus cartões magnéticos, nas catracas eletrônicas. Tudo muito bem organizado. Pudera, são mais de 130 mil alunos, 13 Graduações e 11 Pós-Graduações. Olha que só estou mencionando apenas uma fatia do bolo que representa a Pró-Reitoria de Ensino a Distância, que é a UNOPAR VIRTUAL. O restante da fatia representa as outras Pró-Reitorias de Pesquisa e Pós-Graduação, Pró-Reitoria Acadêmica, Pró-Reitoria de Ensino e Extensão e todos os seus Campi.

Em relação à parte da minha visita a Unopar Virtual o que me chamou a atenção foi o fato de saber e ao mesmo tempo constatar que cada tutor ou tutora eletrônica tem que ter o conhecimento de todas as disciplinas que estudamos, além, é claro de estar em sintonia com a aula dada, porque é o tutor que tira as dúvidas, orienta, corrige e avalia todos os trabalhos. Quanto mais agora com as novas regras do MEC, as respostas dissertativas nas PCIs, Web Aulas e Fóruns. É uma loucura total. Assemelha-se um pouco com pregão de bolsas de valores, só que com mais pessoas e sem aquele grita-grita, aqui é quase tudo silencioso, tem muito trabalho, uma correria cadenciada, que é assim “cada um no seu quadrado”, os tutores e tutoras lá, frente ao monitor concentrados nas aulas, a idéia que me passou foi que os tutores conhecem os alunos como se estes fossem presenciais, por exemplo, quando a profª Cidinha falou da competência de Sidnei, nosso professor de Salvador, eu senti que ela falou com base, além do mais ela não o conhece pessoalmente, mas você pode dizer: sim, mas Sidnei é professor, eu respondo citando outra observação. Cidinha (olha a minha intimidade) estava me mostrando como é que ela organiza as coisas, como é a avaliação, então foi me mostrando uma lista enorme de alunos e parou em “um qualquer” qual foi o nome que caiu, meu colega Gilmário ela disse, com voz suave, porém firme, olha aqui, este rapaz tem conteúdo você consegue ver nas entre linhas que ele é bom, pegou outra, como se fosse um sorteio e disse Jocimeire é da sua sala, ela é boa e foi falando de alguns colegas do mesmo kilate, (que eu não vou comentar para não criar animosidade entre colegas) porque não era intenção dizer quem era bom e quem não era, entende? Apesar de que em nenhum momento ela me disse este aqui não tem condições, dentro da sua ética profissional ela foi sincera e falou claro que tem alguns fracos, tímidos, mas que estão na média.

O que me deixou um pouco decepcionado foi quando ela disse que teve que dar conceito bom para grande parte dos colegas da minha sala por ter copiado uma resposta, ela me mostrou e disse “olha aqui este erro de português” (em uma frase que não me recordo) “até o erro foi copiado, estão todos iguaizinhos”, e ela disse o seu está aqui, não foi copiado não, disse. Não fiquei apreensivo porque, claro, a resposta foi minha. Entretanto eu achei incrível como ela é capaz de envolver-se com cada um dos seus 151 alunos, corrigindo, orientando, avaliando. Gente, não é moleza não, só vendo para crer.

Um detalhe, e como não poderia deixar de ser diferente em relação a cidades brasileiras, os professores e professoras, a grande maioria, se não for todos, trabalham em outros lugares, como faculdades, escolas públicas e particulares, ou seja, mesmo com tanto trabalho eles têm que garantir uma segunda renda. Como na maioria do Brasil, inclusive em outras categorias profissionais.

Eu não titubiei claro aproveitei para conversar com a Profª Juliana Suzuki que é mestra em novas tecnologias, (aquela que nos deu a primeira aula do Modulo VII), porque meu TCC é sobre tecnologia da Educação na Inclusão de jovens e Adultos, eu não iria perder a oportunidade de beber da fonte. Em meio às conversas, depois que ela me forneceu várias referencias bibliográficas e me incentivou bastante para que eu continue graduando, pós-graduando, mestrando e etc. eu perguntei: Profª, desculpe a invasão de privacidade, mas a senhora tem uma vida normal, assim com a família, com o lazer, nos finais de semanas, eis o que ela me disse: “Antonio Jorge, agora está um pouco melhor, mas depois das mudanças propostas pelo MEC tivemos que escrever todos os livros, o MEC não aceita mais livros didáticos, então temos que pesquisar, escrever, elaborar todos os materiais complementares, enfim, desde o ano passado que ficamos aqui trabalhando até nos finais de semana, o Natal só foi o dia, porque no dias seguintes estávamos aqui trabalhando, o Ano Novo da mesma forma. Depois desse trabalhão todo a editora que foi escolhida não deu conta de produzir todos os livros, resultado, 10% dos alunos estão recebendo os livros agora e com isso nós não podemos aplicar provas, se o aluno não tem o livro como que ele faz a prova?”.

No dia seguinte, quarta-feira, dia e hora que eu, se estivesse em Salvador, estaria em sala de aula com meu professor e colegas, de repente a professora Cidinha me disse: A Pró-Reitora autorizou você a entrar na aula do Prof. Fábio Luiz da Silva e dar um alô para o pessoal de Salvador. “Rapaz” (outra expressão da Bahia) me deu um frio na barriga, eu tinha que ser rápido, o tempo do intervalo já estava no fim, estão o Prof. Fábio deu a deixa para eu entrar e dar um olá para os colegas, foi rápido. Imagine, eu já havia quebrado o protocolo ao entrar no estúdio, não queria atrapalhar a aula, mas disse aos meus colegas: “Olha, estou aqui, não disse que vinha? A UNOPAR é de verdade, professor Sidnei seu conceito aqui é alto”, mais ou menos assim, quando a gente fica nervoso não lembra de tudo, (rs). Mas foi muito legal, quando eu voltei à sala de triagem das perguntas dos alunos, quase TRÊS MIL colegas de pedagogia conectados naquele momento, “bombou” mensagens, que eu era lindo, alunos de Pólos do Paraná, bem próximo de Londrina, nunca se interessaram em visitar a UNOPAR e um aluno de Salvador, muito mais longe foi, mensagem da minha sala enviada pelo Prof. Sidnei e outras mensagens que eu não poderia ficar lendo para não atrapalhar o processo da aula, é tudo muito dinâmico. Depois a Pró-Reitora colocou uma cadeira dentro do estúdio e me convidou para assistir a aula até o final, ao lado do Prof. Fábio, Antonio o tradutor de LIBRAS e os técnicos. Enfim, foi uma noite para entrar para a história.

“Confia no Deus eterno de todo o seu coração e não se apóie na sua própria inteligência. Lembre-se de Deus em tudo o que fizer, e ele lhe mostrará o caminho certo”.
Provérbio Bíblico

Colegas, sabem o que me deixou mais orgulhoso na minha visita? Um doce para quem disser. Meu professor Sidnei Lima, nosso professor tem o maior conceito entre todos os professores por aqui, sei que isto não vai deixa-lo vaidoso, muito pelo contrário vai aumentar a sua responsabilidade nas aulas, nas intervenções, nas mediações e no diálogo com os professores da Base. Eu fiquei muito orgulhoso por ele ser nosso mestre. Sei que não é tarde, mas se a minha turma fizer mais silêncio vamos aproveitar mais o que este conceituadíssimo professor tem a nos ensinar, ainda há tempo.

Senti falta do Prof. Fernando Zanluchi, aquele de Psicologia da Educação, Módulo I, dávamos muitas risadas com ele. No momento ele está em tempo integral no seu consultório de Psicologia. Mas aqui todos gostam dele e se divertem só em lembrar das loucuras que ele fazia (loucura no bom sentido), quer relembrá-lo, busque no link das aulas passadas e escolha o nome do referido professor.

A tutora eletrônica Maristela Laranjeira também é uma figura muito divertida. No meio de tanta seriedade no trabalho se não tiver algum para quebrar o gelo vira um tédio.

Professor João Vicente Hadich, de Filosofia, também do Módulo I, parece um menino, mas tem um cabeção! Quero dizer tem muito conteúdo intelectual incrível, como nosso Prof. Sidnei, também cabeção.

Profª Luciana Trindade, não foi nossa tutora, mas eu simpatizei de cara, quando Cidinha estava do meu lado direito ela estava no esquerdo e vice-versa. Uma pessoa fantástica, até disse que vai aparecer na minha casa com marido e filhos para passar umas férias.

Profª Cidinha, nossa que pessoa linda por dentro e por fora, muito atenciosa, carinhosa, dedicada, há! Nossa ficou muito feliz com a minha visita, eu meio “cabreiro” para não atrapalhar o trabalho dela e ela o tempo todo do meu lado, junto com a Profª Luciana, saia resolvia uma coisa e voltava novamente, saia outra vez para verificar a caixa de mensagem dos alunos, respondia alguma coisa e voltava, Luciana fazia a mesma coisa, eu nunca ficava sozinho, já pensou, eu ali no meio das duas, como é que podia pensar em sair, aonde!!! (rs).

“A possibilidade de realizarmos um sonho é o que torna a vida interessante”. (Paulo Freire)


Marieta Severo e Andréia Beltrão
No meu retorno a Salvador enquanto espera o vôo no aeroporto de Congonhas-SP encontrei estas duas figuras muito simpáticas e aproveitei a "Grande Familia" para tirar uma foto de recordação. Uma pena que não deu tempo de convidá-las para um jantar (rs).

terça-feira, 17 de março de 2009

Instituto para Educação, Cultura e Desenvolvimento


Não tenho como explicar esta necessidade que sinto de me doar de corpo e alma no projeto social, acho que estou devendo isto ao nosso Criador, tenho certeza que me foi dado uma missão e que eu tenho que cumpri-la.


O Instituto para Educação, Cultura e Desenvolvimento - Projeto Cidadão, nasceu em 05 de Janeiro de 2000, seu propósito foi e está sendo dar oportunidades as Crianças, Adolescentes e Jovens a participarem de oficinas orientados por educadores sociais em horário oposto ao da escola.


Desde a sua criação o Projeto Cidadão já atendeu mais de 1500 educandos, em suas diversas oficinas, como teatro, dança de salão, dança moderna, artesanato, porcelana fria, artes, graffiti, desenho artistico, bombeiro juvenil, artes plásticas, capoeira, futebol, futsal, percussão, reforço escolar.


Hoje, Março de 2009, não contamos com as oficinas, apenas futebol, futsal, teatro, dança de salão, artes, artesanato, bombeiro juvenil, capoeira recreativa e provavelmente matemática encantada. Temos 200 educandos e os espaços não são suficientes para um melhor conforto, a quadra de esporte e o campo são divididos com a comunidade que utilizam para as práticas desportivas; O salão da Sede do conselho de Moradores do Conjunto ACM (nosso parceiro) tem seus dias de ocupação em benefício da comunidade; A sala que batizamos de Ayrton Senna, onde funciona as oficinas de trabalhos manuais é a que estar realmente sob nossa responsabilidade, fica localizada no funda da sede e é um espaço que precisa passar por uma reforma no piso e no teto.


A Universidade do Estado da Bahia - UNEB, é nossa maior parceira, através da UNEB nós temos os materiais de secretaria como mesa, cadeiras, armários, arquivos, além de papel oficio, xerox, copos descartáveis e etc.

Um Convénio com a Bamberg Cia. de Dança, onde esta Companhia dar aula de Dança de Salão aos meninos e meninas do projeto, a oficina é ministrada nas dependências da Universidade Aberta a Terceira Idade - UATI/UNEB, e contamos com os Educadores Sociais: Sônia Bamberg, Tarcio e Diego.

Uma Parceria com o Programa Segundo Tempo, através do Centro de Educação e Cultura Popular - CECUP, com esta parceira nós recebemos merenda para os educandos, material esportivo para oficinas de esporte, além de receber uma ajuda de custo no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais) mensal, onde R$ 300,00 (trezentos reais) vai para o educador de futebol que só ele trabalha com 100 crianças, R$ 100,00 (cem reais) vai para merendeira, R$ 100,00 (cem reais) para lavadeira e R$ 100,00 (cem reais) fica na reserva para compra de material para as oficinas.

Uma Parceria com a Escola Municipal Cabula I, onde utilizamos o espaço escolar sempre que precisamos, além de ter um contato direto com as professoras, diretora e coordenadora pedagógica para elaboração e organização de atividade conjunta entre a escola e o projeto.

Uma Parceira com o Conselho de Moradores do Parque Residencial Antonio Carlos Magalhães, onde ocupamos uma sala que batizamos de Sala Ayrton Senna, nesta sala desenvolvemos as oficinas de graffiti, artes, artesanato, reforço escolar ou qualquer outra oficina de artes manuais. No salão da sede ocupamos com as oficinas de teatro e capoeira recreativa.

segunda-feira, 16 de março de 2009

Alunos da UNOPAR debatem. A Programação da Televisão Brasileira

PEDAGOGIA

Estamos discutindo na Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, Polo de Pau da Lima - Salvador o conteúdo dos programas da televisão brasileira e sua influencia negativa nas crianças.
É unanime entre os colgas que estão em sala de aula o testemunho das crianças na reprodução destes programas sensacionalistas dentro da classe. Contando com riueza de detalhe sobre os evendos violentos do dia-a-dia, é como um filme só que quem são os atores principais são as pessoas com as quais eles se identificam.

A discussão é oportuna porque cada um defende seu ponto de vista, todavia uma coisa é unânime, a programação em geral está uma porcaria. A televisão prioriza os programas de baixa qualidade e não está nem aí com seu telespectadores infantis, há um falso moralismo quando se fala em discutir a televisão brasileira, muitos acham que por causa da violência instaladas em todos os cantos da cidade, é melhor que as crianças fiquem em casa assistindo televisão. será que não há outra alternativa? Vamos discutir.

Quem gosta de reality show tem que assistir o BBB da Globo porque lá você liga e contribui para os personagens ganharem um troco e a emissão embolsar muita grana, muita grana mesmo.

Agora como baianos não podemos ser permissivos com os programas de televisão que mostra apenas as pessoas pobres e negras de forma humilhante, expondo suas intimidades em nome de faturamento comercial, estas emissoras, através deste programas perversos, maldosos, com uma completa falta de respeito a pessoa humana. Eles humilham o pobre, o preso, uma raça, fazendo seu BBB e contando feliz. Antes eu acha que uma pessoa desta não dormia bem, com remorso, mas com as contas bancárias cada vez mais gorda acredito que dormem muito bem.

Alguem por acaso viu algum destes apresentadores ou assistentes visitar os ex-comandantes da PM presos por corrupção na cadeia e perguntar se a "casa caiu" ou ficar mascarado e com luvas brancas perguntando "abodrinhas" ?

Eu faço boicote aos produtos da coca-cola porque suas latinhas são de ferro e seu valor no comercio da reciclagem é quase 10 vezes menor que a latinha de alumínio, nem deveria, portanto se eu consumir os podutos com latinha de alumínio estarei contribuindo um pouco mais com os catadores de latinhas. Se os programas de televisão promovem estas barbaridades é porque estão dando audiências para eles. Faço boicote a muitos programas da nossa televisão brasileira, a bem da sociedade, principalmente as crianças e adolescentes, são eles sem nenhum remorso: bocão, varela, na mira, gugu liberato. Não consigo enxergar nada que estes programas contribuam para o desenvolvimento de um ser humano. Eu acredito que estão aí para colocar as pessoas no frasco. Estes programas estão no ar porque tem telespectadores tando crédito ao que eles fazem. Estamos revivendo o mito da caverna*.
*O Mito da Caverna Platão
Imaginemos uma caverna subterrânea onde, desde a infância, geração após geração, seres humanos estão aprisionados. Suas pernas e seus pescoços estão algemados de tal modo que são forçados a permanecer sempre no mesmo lugar e a olhar apenas para a frente, não podendo girar a cabeça nem para trás nem para os lados. A entrada da caverna permite que alguma luz exterior ali penetre, de modo que se possa, na semi-obscuridade, enxergar o que se passa no interior.
A luz que ali entra provém de uma imensa e alta fogueira externa. Entre ela e os prisioneiros - no exterior, portanto - há um caminho ascendente ao longo do qual foi erguida uma mureta, como se fosse a parte fronteira de um palco de marionetes. Ao longo dessa mureta-palco, homens transportam estatuetas de todo tipo, com figuras de seres humanos, animais e todas as coisas.
Por causa da luz da fogueira e da posição ocupada por ela, os prisioneiros enxergam na parede do fundo da caverna as sombras das estatuetas transportadas, mas sem poderem ver as próprias estatuetas, nem os homens que as transportam.
Como jamais viram outra coisa, os prisioneiros imaginam que as sombras vistas são as próprias coisas. Ou seja, não podem saber que são sombras, nem podem saber que são imagens (estatuetas de coisas), nem que há outros seres humanos reais fora da caverna. Também não podem saber que enxergam porque há a fogueira e a luz no exterior e imaginam que toda a luminosidade possível é a que reina na caverna.
Que aconteceria, indaga Platão, se alguém libertasse os prisioneiros? Que faria um prisioneiro libertado? Em primeiro lugar, olharia toda a caverna, veria os outros seres humanos, a mureta, as estatuetas e a fogueira. Embora dolorido pelos anos de imobilidade, começaria a caminhar, dirigindo-se à entrada da caverna e, deparando com o caminho ascendente, nele adentraria.
Num primeiro momento, ficaria completamente cego, pois a fogueira na verdade é a luz do sol, e ele ficaria inteiramente ofuscado por ela. Depois, acostumando-se com a claridade, veria os homens que transportam as estatuetas e, prosseguindo no caminho, enxergaria as próprias coisas, descobrindo que, durante toda sua vida, não vira senão sombras de imagens (as sombras das estatuetas projetadas no fundo da caverna) e que somente agora está contemplando a própria realidade. Libertado e conhecedor do mundo, o priosioneiro regressaria à caverna, ficaria desnorteado pela escuridão, contaria aos outros o que viu e tentaria libertá-los.
Que lhe aconteceria nesse retorno? Os demais prisioneiros zombariam dele, não acreditariam em suas palavras e, se não conseguissem silenciá-lo com suas caçoadas, tentariam fazê-lo espancando-o e, se mesmo assim, ele teimasse em afirmar o que viu e os convidasse a sair da caverna, certamente acabariam por matá-lo.
Extraído do livro "Convite à Filosofia" de Marilena Chaui.
Precisamos rever nossos conceitos.