domingo, 13 de setembro de 2015


CRIANÇAS INVISÍVEIS
Produzida pela MK Film Productions, a obra reúne sete curtas produzidos em diferentes localidades: África, Sérvia-Montenegro, EUA, Brasil, Inglaterra, Itália e Japão. A idéia surgiu em 2002, quando a produtora italiana Chiara Tilesi decidiu montar um projeto que pudesse servir de instrumento para conscientizar as pessoas sobre o caótico cotidiano das crianças ao redor do mundo. A proposta ganhou o apoio do Unicef que, ao lado de patrocinadores da Itália – Rai Cinema e Italian Development Cooperation Ministry of Foreign Affairs -, financiaram a produção.
Os roteiros foram encomendados a sete renomados diretores que tiveram liberdade para criar suas histórias. No entanto, para que nenhum enredo se repetisse, os scripts foram analisados, debatidos e aprovados em conjunto com os produtores e os patrocinadores. Os diretores – Mehdi Charef, Emir Kusturica, Spike Lee, Katia Lund, Jordan Scott, Ridley Scott, Stefano Veneruso e John Woo – abriram mão de seus cachês.
As histórias são envolventes. Cada uma retrata uma realidade local, mas têm em comum a infância, os sonhos, as fantasias e os desejos das crianças, o que acaba tornando todas as narrativas universais. Assim é, por exemplo, a história da menina japonesa Little Mao. Abandonada pela mãe numa lata de lixo, ela é criada por um velho mendigo. Mas, com sua morte, ela passa a vender flores nas ruas de Tóquio em troca de comida e moradia. Ou então a história da menina norte-americana Blanca, que descobre que é portadora do vírus da AIDS, assim como seus pais. Blanca sofre todo o tipo de preconceito na escola e nas ruas.
– Tanza, de Mehdi Charef, África
Fortemente armado, um grupo de sete jovens guerrilheiros de Ruanda vai ganhando terreno, em direção ao território do inimigo. O líder do grupo é o mais velho de todos, com vinte e um anos de idade. Os outros têm entre doze e dezesseis anos. Tanza, nosso herói, tem apenas doze. Conforme o grupo avança em sua missão rumo ao vilarejo inimigo, nossos jovens soldados se deparam com uma patrulha do exército, quando tem início um tiroteio. Kali, de treze anos, e melhor amigo de Tanza, é morto. Exaustos e quase sem forças, os garotos finalmente alcançam o destino de sua jornada. O líder prepara o cronômetro das duas bombas que foram secretamente trazidas até a aldeia, no local em que deverão ser detonadas. Depois entrega uma delas a Tanza. No meio da noite, o jovem segue até o alvo determinado, sem ter a menor idéia de que o prédio que ele deve explodir é, na realidade, uma escola, onde outras crianças iguais a ele deverão estar.
– Jesus Children of America, de Spike Lee, EUA
Blanca é uma adolescente do Brooklyn e sua rotina diária deveria ser a de ir para o colégio e se divertir com as amigas, não fossem suas visitas constantes à enfermaria, e a pobreza absoluta de seus pais. Após um incidente na escola ela finalmente descobre que é HIV soro-positiva, além de filha de pais viciados em drogas.
– Bilu & João, de Katia Lund, Brasil
Um dia na vida de Bilu e João, duas crianças empreendedoras que se esforçam para tocar a vida nas ruas de São Paulo. Seus tesouros são latas vazias, papelão, placas e pregos retirados do lixo, objetos que a sociedade já jogou fora. Deparando-se, simultaneamente, com a infância e a vida adulta, as crianças usam a imaginação para transformar a paisagem urbana em seu playground, as recusas em retribuição, e os obstáculos que enfrentam em sonhos para seguir adiante.
– Ciro, de Stefano Veneruso, Itália
Ciro é um garoto da periferia de Nápoles, na Itália. Ele mora em um conjunto habitacional de cimento armado, parte do projeto de construções erguidas pelo governo, após o terremoto de 1980. Lá, a classe mais baixa e em reclusão paga as contas de sua existência diária, da mesma forma que os que vivem nos luxuosos apartamentos decorados, em ruas famosas. Ao lado de seu amigo Bertucciello, ele assalta um motorista para tentar roubar-lhe o relógio. Ciro quebra uma das janelas do veículo com um martelo e o vidro estilhaçado voa por todo lado. Em seguida os dois garotos saem em disparada, seguindo direções diferentes, rumo ao imprevisível.
– Jonathan, de Jordam Scott e Ridley Scott, Inglaterra
Jonathan é uma história sobre um fotógrafo jornalista, um homem introspectivo, cujas missões o deixaram desiludido da vida e completamente perturbado. Ele sonha com a liberdade daquilo que já viu e é obcecado pela felicidade, a todo custo. Isto é algo que ele tanto quer, que, ao decidir fugir, ele regressa fisicamente à melhor época de sua vida, e embarca numa aventura, redescobrindo a essência dos tempos de infância. As crianças que ele conhece nessa trajetória, o inspiram e desafiam a abraçar novamente a sua própria vida.
– Marjan, de Emir Kusturica, Sérvia-Montenegro
Marjan, um garoto cigano de quinze anos. Já passou bastante tempo preso em um centro de detenção. A hora de sua libertação se aproxima e, conflitante, ele observa tudo com sentimentos confusos e misturados. Seu pai o obrigava a roubar, desde bem pequenino. Durante a cerimônia habitual de liberação dos internos, após a sua família lhe dar presentes, seu pai, sem ter o dinheiro para a passagem de trem de volta para casa, arma um de seus golpes familiares costumeiros, obviamente, envolvendo Marjan.
– Song Song & Little Mao, de John Woo, China
Little Mao é órfã. Ela é criada numa cabana por um velho mendigo. Eles procuram economizar cada moeda para que ela possa freqüentar a escola. Já Song-Song tem uma vida abastada, mas a situação de sua família acaba gerando angústia na menina. Os caminhos das duas se cruzam quando uma boneca que Song-Song jogou fora passa a ser a companhia mais valiosa de Mao.
"A fome é um esperma por entre as pernas da violência
E o egoismo que excitou as diferenças em que merece um aborto imediato
Um apartheid econômico contamina, machuca e não nos deixa gritar
" - O Rappa


SEU COMENTÁRIO É MUITO IMPORTANTE

sábado, 29 de agosto de 2015

Sinopse e detalhes
Dan Millman (Scott Mechlowicz) é um talentoso ginasta adolescente que sonha em participar das Olimpíadas. Ele tem tudo o que um garoto da sua idade pode querer: troféus, amigos, motocicletas e namoradas. Certo dia seu mundo vira de pernas para o ar, quando conhece um misterioso estrangeiro chamado Socrates (Nick Nolte). Depois de sofrer uma séria lesão, Dan conta com a ajuda de Socrates e de uma jovem chamada Joy (Amy Smart). Ele descobrirá que ainda tem muito a aprender e que terá de deixar várias coisas para trás a fim de que possa se tornar um guerreiro pacífico e assim encontrar seu destino.
 
Acompanhado de pipoca muito saborosa foi a tarde de hoje, 29/08/2015, sábado em uma sala de aula da Escola Cabula I, completamente adaptada para dar uma clima de cinema. Após o termino da seção, nosso convidado especial para iniciar o Bate Papo Alonso Barbosa da Silva graduando em Turismo e Hotelaria pela UNEB e bolsista do Projeto de Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária, também da UNEB.
 
Deixo o espaço de comentário para os participantes fazerem suas considerações. E até o dia 12/09 quando teremos outro filme.
 

quinta-feira, 6 de agosto de 2015

segunda-feira, 8 de junho de 2015

ALIMENTO CULTURAL

O Instituto para Educação, Cultura e Desenvolvimento - Projeto Cidadão, criou em 2014, um projeto de fomento a leitura, batizado de Alimento Cultural, que visa promover e incentivar a leitura e acesso a livros de qualidade e gratuitamente.
Participação: Parada do Livro - Praça Dois de Julho no Campo Grande

Promover a conscientização da circulação do livro, formação de leitores, inclusão social e construção da cidadania por meio do livro e da leitura.

Aplicação e fortalecimento de práticas de leitura em ambientes físicos e sociais de diversos tipos como sindicatos, associações, garagens de ônibus, praças públicas, escolas, hospitais, creches, universidades e etc.
"Como morador da comunidade (Cabula I), é muito importante essa ação social, valorizando o livro como um alimento que não engorda numa geladeira repleta de cultura, e o melhor, tudo de graça...' Abra, tenha uma surpresa'!!!"  Alisson Cunha - musico e ativista da comunidade (filho de D. Ana e seu Cunha)

COM A ESCRITORA MABEL VELLOSO


Centenas de pessoas já se beneficiaram com a doação de livros, ao mesmo tempo em que outras tantas fizeram doações de livros, de CD´s, DVD´s, revistas e etc. Muitas preciosidades, coisas raras.

Em um evento na Universidade Aberta à Terceira Idade - UATI / UNEB - Campus I (Salvador) através da Oficina de Literatura Viva, da Profª Maria Emília Rodrigues, a geladeira foi visitada por Mabel Velloso, uma educadora, escritora, compositora e cordelista baiana nascida em Santo Amaro da Purificação - Bahia, que ficou encantada com o projeto e incentivou a disseminar a ideia em muitos lugares.

O número de geladeira tem aumentado, também o desejo de algumas lideranças em abraçar a ideia. Já se encontra em funcionamento duas geladeiras adaptadas na Universidade do Estado da Bahia - Campus I / Salvador, no bairro do Cabula, uma na Universidade Aberta à Terceira Idade - UATI, e outra na frente da Biblioteca Central.


Praça do Conj. ACM aos domingos
com o Projeto Som na Praça
A terceira é itinerante, que circula em eventos e aos domingos na Praça do Conjunto ACM - Cabula I, juntamente com o Projeto Som na Praça (quando não chove.
A geladeira localizada na UATI / UNEB, tem um público muito especial que são os estudantes da terceira idade, os idosos e idosas curtem muito os romances, os livros espíritas, revista Muito e Carta Capital, além, é claro dos livros e revistas que tratam de saúde, viagens e humor. Na UATI uma vez por mês realizamos um Sarau com Gotas de Talentos, no espaço de convivência para divulgar o Alimento Cultural e poder estimular a livre expressão de artistas da comunidade (voluntários), para declamar, dançar, cantar, tocar, ou seja usar as mais diversas formas de expressões artísticas, contribuindo com muita energia positiva para o bem estar de todos. O Sarau se transforma em um local de oportunidade para os artistas locais se expressarem e se mostrarem para o público. 
Alimento Cultural com Sarau na UATI / UNEB

“Meus filhos terão computadores, sim, mas antes terão livros. Sem livros, sem leitura, os nossos filhos serão incapazes de escrever – inclusive a sua própria história”. (Bill Gates)

" O mundo é um livro, e aqueles que não viajam lêem somente uma página."
(Santo Agostinho)

" Não troco o meu 'oxente' pelo 'ok' de ninguém!"
(Ariano Suassuna) 


" Importante projeto itinerante, que visa despertar o gosto pela leitura. Vivemos no país onde o analfabetismo é evidente , e a leitura é um veículo de combate.
Fiquei feliz pelo convite do amigo Antonio Jorge, que me convidou para pintar o suporte geladeira, apliquei a técnica spray.Congelei sentimentos nas expressões através da plástica urbana,que de fato, está também dialogando e despertando a leitura visual. Viva o alimento cultural na vida das pessoas!"


Denissena - Artista visual
Em frente a Biblioteca da UNEB




Deseja contribuir?

Você pode enviar, agora mesmo, um e-mail para projetocidadao2000@gmail.com com seu comentário sobre o Alimento Cultural, pode ser, também através do comentário no rodapé abaixo, bem como fazer doação de livros para manter a geladeira sempre abastecida e na medida do possível nos dispomos a orientar interessados em ter uma geladeira com Alimento Cultural em algum espaço físico.

Responsável: Antonio Jorge Nascimento – Coordenador do Projeto Cidadão. 

                                                        



 Inspiração
Como homenagear uma pessoa que é preocupadíssimo com as questões sociais, com os quilombolas, os índios, os negrindios, sertanejos,  um  intelectual que acredita na transformação humana através dos livros e da leitura.  Inspirou-me a fazer uma pequena homenagem a meu irmão, amigo e compadre Prof. J. Bamberg nas geladeiras com os Alimento Cultural que é a "cara" dele.


GELADEIRA CULTURAL – ALIMENTO CULTURAL

O Instituto para Educação, Cultura e Desenvolvimento – Projeto Cidadão presta uma homenagem a uma grande figura de cenário Nacional: Prof. J. Bamberg, o Mestre Angoleiro, sertanejo, baiano, professor  pesquisador, humanista, outropólogo, como costuma brincar qualificando sua formação e atuação.Três frases muito marcantes do homenageado são bem conhecidas em suas conversas: “Tá brincando com a verdade!”; “A ignorância, o oxigênio e a morte são os bens mais democráticos do homem: todo mundo tem direito, dizia meu bisavô!”; e a que se esconde toda sua bagagem intelectual: “Quem sou eu? Eu sou apenas um ignorante atrevido!..”




Assim como o alimento nutricional, o alimento cultural tem muita importância em nosso desenvolvimento intelectual, precisamos dar alimentos ao cérebro fazendo boas leituras, ouvindo músicas de qualidade, assistindo filmes interessantes, peças teatrais e etc.
A percepção de mundo de um sujeito depende das suas escolhas culturais. Oferte a seu cérebro coisas para elevar seu nível intelectual, que tem tanta importância quanto o alimento para manter-se vivo.
Desligue um pouco a TV e mergulhe na leitura de um livro.

Em breve cinco geladeiras serão lançadas em cinco garagens de ônibus em Salvador-BA.

Parceiros:

Ø  Universidade Aberta à Terceira Idade – UATI / UNEB
Ø  Bamberg Cia de Dança
Ø  Biblioteca da UNEB
Ø  Escola Municipal Cabula I
Ø  Turismo de Base Comunitária e Economia Solidária - TBCES/UNEB
Ø Projeto Som na Praça – Conjunto ACM / Cabula I

Graffiti: Denis Sena


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

A GUERRA CIVIL NO BRASIL

Após ter acesso a leitura da MAPA DA VIOLÊNCIA 2012 - A COR DOS HOMICÍDIOS NO BRASIL, do autor Julio Jacobo Waiselfisz, fiquei estarrecido com os números, totalmente chocantes. É motivo de muita preocupação e ninguém se fala do assunto. A "nossa mídia" divulga mais os acontecimentos externos do que os do nosso país. 

Os dados são de GUERRA e quando junta, os programas sensacionalistas, a capacidade inoperante dos Governos, uma justiça preconceituosa, um rebanho de políticos lacaios, realmente estamos vivendo uma guerra civil. 

lembro-me das vezes que fui a sepultamentos de amigos no complexo de cemitério mais popular de Salvador, o de Baixa de Quintas, no ano de 2014 e  em janeiro de 2015, a lotação do complexo, todas as salas de velório ocupadas e a comoção  de familiares lamentando a morte violenta de seus ente queridos, na sua maioria negro, residentes de periferia e jovens.

E hoje, 15/01/2015, vejo no meu Google+ a matéria de Luiz Surianni que segue abaixo, achei pertinente compartilhar com você amigo, com você amiga. 

LUIZ SURIANNI

Compartilhada publicamente  -  Ontem à(s) 14:20
 

O ATAQUE COVARDE AOS FUNCIONÁRIOS DO JORNAL CHARLIE HEBDO, E AOS POLICIAIS, CHOCAM O MUNDO, MAS ISSO ACONTECE DIARIAMENTE NO BRASIL, E NINGUÉM FAZ NADA

BANDIDOS COVARDES MATAM FRIAMENTE, MESMO QUE A VÍTIMA NÃO REAJA.

COM MAIS MORTES QUE IRAQUE, BRASIL ESTÁ EM GUERRA E NÃO SABE.

Vivemos em um país em guerra, mesmo que não declarada. Esta é uma das conclusões possíveis a partir da leitura do estudo Mapa da Violência 2013, realizado pelo professor Julio Jacobo Waiselfisz, da Faculdade Latino-Americana de Ciências Sociais e divulgado hoje. Cerca de 170 mil pessoas foram mortas nos 12 maiores conflitos no globo entre 2004 e 2007 (veja tabela abaixo). No Brasil, mais de 200 mil perderam a vida somente entre 2008 e 2011.

Isto tudo sem que o país viva "disputas territoriais, movimentos emancipatórios, guerras civis, enfrentamentos religiosos, raciais ou étnicos, conflitos de fronteira ou atos terroristas", lembra o levantamento.

O número de assassinatos no Brasil é 274 vezes maior do que em Hong Kong, 137 vezes maior do que na Inglaterra e 91 vezes maior do que na Sérvia, segundo o estudo divulgado hoje.

Há dois anos - época dos últimos dados disponíveis - foram registradas mais de 50 mil mortes, o que confere ao Brasil uma taxa de 27,1 homicídios para cada 100 mil brasileiros. Desse total, cerca de 40% (18 mil pessoas) eram jovens entre 15 e 24 anos.

"São números tão altos que torna-se difícil, ou quase impossível, elaborar uma imagem mental, uma representação de sua magnitude e significação", afirma Jacobo, autor da pesquisa.

Segundo o sociólogo, a cultura da violência (caracterizada pelo hábito de resolver conflitos por meio da agressão), a certeza da impunidade (apenas 4% dos assassinos vão para cadeia) e a indiferença da sociedade com o grande número de mortes estão entre as causas do fenômeno. "A vida humana vale muito pouco", resume o pesquisador, que é argentino.

É preciso observar que a magnitude da violência vista no país não tem equivalência nas nações que possuem dimensões e populações maiores ou similares à brasileira. Só o México chega perto.

( LUIZ SURIANNI )