Visita Técnica no Circuito Cultural Campo Santos – Arte Cemiterial em
Salvador-Bahia / 2018
Imponentes manifestações artísticas
expostas nos túmulos do Cemitério Campo Santo, situado no bairro da Federação, após
ser comprado pela Santa Casa da Bahia em 1840, o transformaram no maior
representante da Arte Cemiterial do Estado da Bahia e um dos mais
significativos do Brasil. Contudo, no ano de 2007 a Santa Casa criou o Circuito
Cultural.
“São mais de 200 obras catalogadas,
localizadas em sete quadras do Cemitério. Os estilos renascentista, barroco,
gótico, moderno e contemporâneo caracterizam as peças, muitas delas produzidas
por artistas famosos e reconhecidos, como o mausoléu de Otávio Mangabeira,
assinado por Mario Cravo” http://www.cemiteriocamposanto.org.br/circuito-cultural/index.html
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Estátua da Fé |
Entre centenas de obras magníficas
que se encontram no Circuito Cultural do Campo Santo, uma tem um destaque histórico, trata-se da Estátua da
Fé, esculpida em um único bloco de mármore de Carrara pelo alemão Johann Van
Halbig em 1865, esta estátua foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico
e Artístico Nacional (Iphan) em 1936.
Existem inúmeros cemitérios pelo
mundo que são visitados por curiosos e/ou contemplados com Circuito Cultural,
por se tratar de túmulos de personalidade publicas famosas, como: Eva Peron –
Argentina, Alan Kardec e Frederic Chopen – França, soldados mortos na 1º guerra
– Croácia, dentre outros. No Brasil, no Rio de Janeiro, o cemitério de São João
Batista tem uma visitação expressiva nos túmulos de Clara Nunes, Cazuza,
Chagrinha, Oscar Niemeyer, Tom Jobim, Vinícius de Moraes, Carmen Miranda,
Cecília Meireles, Glauber Rocha, dentre outros.
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A representação da morte do provedor da família |
Entretanto, o que mais me chamou a atenção
no Circuito Cultural do Campo Santo em Salvador, foi que, apesar de ter muitos
túmulos de famosos, o destaque fica para as Obras de Artes, seus significados emblemáticos como tochas invertidas, chama acesa, chama da vida senda apagada, caridade,
virtuosidade, fé, passagem do tempo, provedor da casa (cumeeira da casa),
representação do trabalho (empreendedorismo) e outras representações que vale a
pena conhecer e pesquisar. A Bahia, como sempre na vanguarda.
Algumas curiosidades:
Quem já ouviu alguém dizer que estava
tão cansado ou casada que gostaria de dormir nos braços de Morfeu?
Apesar dos milênios que nos separam dos
gregos, podemos ver que o legado dessa antiga civilização ainda tem uma
influência significativa em diversos aspectos de nossa vida cotidiana. As
noções estéticas, a ideia de democracia, os princípios da filosofia são apenas
alguns dos casos em que vemos de que modo os gregos deixaram sua marca entre as
culturas ocidentais. Na verdade, caso haja um pouco mais de interesse, podemos
descobrir que a cultura grega também adentra aspectos bem mais simples do nosso
dia a dia.
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Morfeu |
De fato, as propriedades revigorantes
do sono conhecidas por todas as pessoas e a falta do mesmo pode gerar uma série
de problemas de saúde. Vários estudiosos ainda investigam de que modo essa
atividade que ocupa praticamente um terço de nossas vidas interfere no funcionamento
de nosso organismo. Em nosso cotidiano, é comum muitas pessoas celebrarem uma
noite bem dormida dizendo que “caiu nos braços de Morfeu”. Mas afinal, de onde
veio essa expressão?
Segundo a mitologia grega, Morfeu era
um deus filho de Hipnos, o deus do sono. Assim como o seu pai, ele dispunha de
grandes asas que o fazia vagar silenciosamente pelos mais distantes lugares do
planeta Terra. Ao aproveitar do repouso dos homens, Morfeu assumia formas humanas
e ocupava os sonhos de quem quisesse. Desse modo, os gregos acreditavam que uma
noite bem dormida e seus vários efeitos positivos só seriam explicados pela
presença dessa divindade em seus sonhos.
Foi justamente por meio dessa expressão
e da história de Morfeu que um dos mais potentes analgésicos existentes, a
morfina, ganhou esse nome. No fim das contas, mesmo que a mitologia não tenha
embasamento científico, sabemos que uma noite de bom descanso é simplesmente
divino.
SOUSA, Rainer Gonçalves. "Cair nos braços de
Morfeu"; Brasil Escola. Disponível em
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Acesso em 24 de novembro de 2018.
Santa Mônica e Santo Agostinho
Santa Mônica nos provou com sua vida “tudo pode ser mudado pela força da
oração, basta ter fé”
Santa Mônica nasceu
no norte da África, em Tagaste, no ano 332, numa família cristã que lhe
entregou – segundo o costume da época e local – como esposa de um jovem chamado
Patrício.
Como cristã
exemplar que era, Mônica preocupava-se com a conversão de sua família, por isso
se consumiu na oração pelo esposo violento, rude, pagão e, principalmente, pelo
filho mais velho, Agostinho, que vivia nos vícios e pecado. A história nos
testemunha as inúmeras preces, ultrajes e sofrimentos por que Santa Mônica
passou para ver a conversão e o batismo, tanto de seu esposo, quanto daquele
que lhe mereceu o conselho: “Continue a rezar, pois é impossível que se perca
um filho de tantas lágrimas”.
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Santo Agostinho e sua mãe Santa Mônica |
Santa Mônica tinha
três filhos. E passou a interceder, de forma especial, por Agostinho, dotado de
muita inteligência e uma inquieta busca da verdade, o que fez com que
resolvesse procurar as respostas e a felicidade fora da Igreja de Cristo. Por
isso se envolveu em meias verdades e muitas mentiras. Contudo, a mãe, fervorosa
e fiel, nunca deixou de interceder com amor e ardor, durante 33 anos, e antes
de morrer, em 387, ela mesma disse ao filho, já convertido e cristão: “Uma
única coisa me fazia desejar viver ainda um pouco, ver-te cristão antes de
morrer”.
Por esta razão, o
filho Santo Agostinho, que se tornara Bispo e doutor da Igreja, pôde escrever:
“Ela me gerou seja na sua carne para que eu viesse à luz do tempo, seja com o
seu coração para que eu nascesse à luz da eternidade”.
Santa Mônica, rogai
por nós!
O que me levou como professor de Fotografia e Meio
Ambiente da Universidade Aberta à Terceira Idade UATI / UNEB a levar seus
alunos a fazerem a visita técnica no Circuito Cultural do Campo Santos, primeiro
para que os alunos e alunas fossem ao cemitério com outro olhar, diferente do
olhar de sofrimento, onde muito enterraram lá seus ente queridos, mas que
enxergasse cultura, histórias interessantes, curiosidades simbólicas. Foi exatamente o que ocorreu, todos saíram mais ricos de conhecimento do que quando entraram.
Indico o Circuito Cultural para todas as pessoas de Salvador, do Estado da Bahia, do Brasil e Estrangeiros, quem não quiser solicitar um(a) Guia podem tomar conhecimento das obras através dos totens em todo o circuito.
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O Tempo Voa |
Uma simbologia me chamou muito a atenção, o relógio do tempo (Ampulheta), preso as asas como de um pássaro ou um anjo, com duas tochas acesas de cabeça para baixo, indicando que a pessoa morreu muito jovem, tem o significado de que a vida passa muito rápida, o tempo voa, é preciso aproveitar enquanto podemos, nem precisa excessos, apenas aproveitar bem porque quando chegar a hora, não importa a idade, ter feito tudo ou não feito nada, não vai fazer diferença, apenas o legado que você vai deixar..
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Dina |
O objetivo foi alcançado, também porque estávamos acompanhados por "Dina" - Osvaldina Soares, uma Guia e Historiadora de muita competência, carisma e conhecimento profundo das artes seculares.
Gratidão, também a Lúcia do Museu da Misericórdia que fez o agendamento da visita, por
tanto meus sinceros agradecimentos em meu nome e em nome de todos os estudantes
da UATI / PROEX / UNEB.
Você pode acessar todas as fotos através do picasa:
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